Entenda neste artigo o que é o bloquete intertravado e onde essa pavimentação pode ser utilizada. Saiba quais são as principais características, recomendações básicas, preços por modelo e muito mais.
De acordo com o Manual de Pavimento Intertravado da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), o intertravamento é a capacidade dos blocos de resistir a movimentos de deslocamento individual, seja na vertical, horizontal, de rotação ou translação em relação aos blocos vizinhos.
Ou seja, pavimento intertravado, ou bloquete intertravado, são os blocos de pavimento feitos normalmente de concreto que são capazes de realizar essa função de travamento conjunto.
Apesar de serem similares aos paralelepípedos, não são a mesma coisa e possuem maiores benefícios na aplicação.
Para realizar sua função, os bloquetes intertravados são assentados sobre uma camada de areia e travados entre si por uma contenção lateral e pelo atrito entre as peças com o auxílio de material de rejunte (normalmente areia).
Ainda assim, pela facilidade de uso e aplicação podem ser adotados em calçadas, ruas, estradas, ciclovias, parques e garagens.
Mas é importante observar que existem regulamentações quanto ao formato e tamanho dos blocos.
A NBR 9781/2013 determina que existem 4 tipos de piso: retangular, único, geométrico característico e conjunto.
As peças também precisam ter no máximo 250mm em largura e comprimento, espessura mínima de 60mm e resistência mínima de 35Mpa (Mega Pascal, unidade de pressão por área).
Além disso, a espessura possui recomendações próprias. As peças de 6cm são indicadas apenas para tráfego leve de pedestre, como calçadas e caminhos.
Por outro lado, para espessuras de 8cm já é possível tráfego de veículos e caminhões leves, como em ruas de condomínios e vias públicas de média movimentação de veículos.
Em contrapartida, no caso de espessuras de 10 a 12cm é possível aplicar os bloquetes em ruas com alto movimento de pedestres e veículos, como calçadões que recebem tráfego intenso.
A seguir, um pequeno resumo dos tipos de formatos de pavimentos intertravados mais comuns:
– Leia também: Quais os tipos de pisos intertravados mais utilizados?
O paralelepípedo é um pavimento antigo encontrado em cidades no interior do Brasil, em especial as cidades históricas, zonas periféricas, pátios industriais e loteamentos.
Além disso, as frestas entre os paralelepípedos são preenchidas ou rejuntadas com pedriscos.
O bloquete intertravado é mais recente, mais leve e possui no seu desenvolvimento elementos mais tecnológicos.
Além disso, o rejunte é normalmente feito com areia.
Também são amarrados com guias de concreto ou granito para impedir deslocamento do material, e as peças podem ser removidas com facilidade caso necessário para manutenções subterrâneas.
A principal diferença, e a grande desvantagem, do paralelepípedo é que esse calçamento com pedra gera muita trepidação nos carros.
Contudo, esse tipo de pavimentação ainda é mais ecológico que os modelos asfálticos, pois também minimiza enchentes e dissipa calor, ainda que em menor volume que os bloquetes.
– Leia também: Piso intertravado colorido: como aplicar e melhorar o aspecto visual da obra
Instale o bloquete intertravado seguindo os passos abaixo:
Fácil assim é possível instalar os bloquetes e liberar a via para uso imediato.
Por isso, esse tipo de pavimento vem sendo adotado cada vez mais ao redor do mundo, especialmente em países em desenvolvimento que não querem depender apenas de misturas asfálticas.
São tantas as vantagens dos pavimentos intertravados que foi necessário organizá-las em lista. Confira:
Qualquer tipo de pavimentação está sujeita a deformações durante o uso, mas no caso do bloquete intertravado isso se traduz em deslocamento de blocos (no asfalto, pode ser por calor gerando deformação ou erosão).
E, nos poucos casos de manutenção estrutural (quando a pavimentação perde o suporte da fundação), é necessário trocar o rejuntamento e, mais do que isso, reconstruir as camadas inferiores.
Contudo, em bons estudos prévios antes da pavimentação, esses problemas são menos comuns.
Do mesmo modo, os casos mais recorrentes dentro dos poucos erros são os de irregularidades no piso pela má execução no assentamento, que diz mais a respeito dos responsáveis pela pavimentação que do material em si.
O bloquete intertravado pode ser usado em obras viárias, passeios, calçadas, praças, ciclovias, áreas abertas em clubes, estacionamentos, áreas externas em shoppings, pisos industriais, pátios de aeroportos, pátios de terminais de carga e muitos outros locais.
Por poder ser assentado de diferentes formas, o piso cria efeitos diversos com as peças escolhidas, gerando identificação visual no chão e oferecendo ornamentos estéticos.
No caso de terrenos com desnível, essa pavimentação aumenta a segurança na subida de carros e pedestres nos dias de chuva e, para indústrias com grande circulação de veículos pesados, o bloquete intertravado é resistente à deformação do solo por grandes cargas, não se desgasta facilmente e tem manutenção simples (além de ser antiderrapante como já citamos acima).
Ao redor do mundo, esse tipo de pavimentação vem sendo cada vez mais utilizado, já que possui benefícios econômicos e ecológicos.
Dessa forma, os países em desenvolvimento, em especial os da América Latina, como a Colômbia, são líderes na implementação.
– Leia também: Calçada de paver ou concreto convencional: qual a melhor escolha?
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